quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Dia desconhecido, ano por descobrir, hora: noite
Aproveito o tempo disponivel por passear pela praia da minha vida... Saio pela porta e conforme ando revejo as minhas pegadas...escolhas feitas, caminhos mal escolhidos... mas estranhamente nao me arrependo... rejevo-as com um sorriso... pois essa escolhas mal feitas criaram a pessoa que hoje sou.
Vou andando e olhando, vendo as minhas pegadas de revivência enterrando-se na areia molhada. Tudo muda, nada permanece.
Ao longo da praia vou vendo pegadas dos que se cruzaram no meu caminho, umas que se atravessaram no meu caminho e continuaram seguindo o seu, outras que andaram á minha volta durante uns metros, e depois continuaram. Mas existem outras pegadas...
Existe um tipo de pegadas que se mantiveram a meu lado. Só agora que repasseio pela praia noto: Tenho um pequeno rasto que me segue.
Pegadas que pararam onde parei, que viraram para onde virei. Umas pegadas mais recentes outras mais antigas.
Finalmente começo a pensar: "e se não foram elas que vieram comigo, mas sim eu que fui com elas?" Quem sabe... Predomina na memória algo demasiado profundo, algo que nunca se poderá vir a descobrir.
Pela praia encontro rochas... vejo as minhas pegadas fundas em frente a elas, e vejo como contornam a rocha. As pegadas vizinhas também se encontram lá...
Vejo as minhas pegadas dirigirem-se para o mar e vejo outras mais á frente que mostram a vinda de volta á praia. As pegadas vizinhas estão lá.
Noto agora que não vejo só uma ou duas pegadas vizinhas, tenho um grupo de pegadas, um monte de formas de pés seguindo os meus.
Chego a um ponto da praia e descubro que as minhas pegadas pararam. Olho em volta. Todo um grupo de pegadas se encontra no mesmo ponto, lado a lado.

Não afirmo ter um grupo de melhores amigos, nao tenho preferencias. Tudo o que existe é amigos que perduram a sua companhia à mais tempo, outros mais recentes.
Todos os meus amigos me afectam. Este texto é dedicado a todos os meus amigos, familiares e a todas as pessoas que me afectam nas minhas atitudes e comportamentos.
A vossa presença é importante. Agradeço-vos.

"Com o risco de parecer ridículo, deixe-me dizer que o verdadeiro revolucionário é guiado por um grande sentimento de amor. Amor pela familia, pelos amigos. Amor pela pátria e principalmente pela justiça. É impossivel pensar num revolucionário genuíno sem esta qualidade" - Ernesto "Che" Guevara de la Serna (1928-1967)

1 comentário:

Distraída disse...

que bonito!
e é assim mais uma homenagem ao Amor (entendam que a Amizade é a forma mais pura de Amor que existe) ;)
gostei!
há sempre alguém que caminha ao nosso lado e é isso que nos faz sentir seguros ;)
caminhar sozinho é triste e não traz certezas, nem alegrias, nem tristezas