sábado, 14 de abril de 2012

Melhor ano de sempre?

  Hoje vi uma frase. A frase fez-me chegar a mensagem ao cérebro e pensar. E como tal, fez-me querer escrever.
  O que estás à espera, leitor, para fazer deste ano o melhor ano da tua vida até agora? Eu sei que disseste no início do ano que este ia ser melhor que o anterior. Mas não está a ser totalmente pois não? O que te está a faltar?
  Muitos começam a dizer que não têm dinheiro para fazer isto ou aquilo, e por muito que seja verdade que cada vez mais nos encontramos numa sociedade em que o dinheiro te dá a possibilidade de muito, estamos também numa sociedade que tem de voltar a aprender o valor do dinheiro. Para quê gastar, se há imensas coisas que podes fazer com gastos reduzidos ou inexistentes? Passear, concertos, amigos, tudo isto pode proporcionar-te boa diversão sem gastares muito!
  Outros dizem que têm muito trabalho. Perdoem-me mas... A SÉRIO?! Existem 7 milhões de pessoas no mundo, das quais mais de 50% ou mais não terá emprego. És um dos sortudos que têm. Pensa nisso. Pensa só nisso. Para além de significar que tens capacidades para fazer o que te pedem, estás a receber o tão desejado dinheiro que querias em cima. Porque é que não estás feliz? Porque cansa? Existe uma frase inglesa que é muito usada e com razão: No pain, no gain! Qual é a melhor recompensa, a que vem do éter, ou a que é merecida? Por muito bom que fosse dizer a primeira, todos sabemos que a segunda tem um gostinho especial. Algo que a torna especial. Única. Saborosa. O esforço que tiveste até aquele momento final, a ânsia de concluir esse projecto a que dedicaste tanto tempo, finalmente saiu recompensado. Quando se trabalha muito e no final se obtém melhores resultados que os que se esperavam, aí é que sabemos que o dinheiro não é tudo, porque embora muitos critiquem "para quê trabalhar se no final o dinheiro é o mesmo?" eu digo: "Para quê evoluir se não queres sair do mesmo nível?". O esforço é sempre recompensado, de uma forma ou outra. Temos de aprender a ver o lado positivo da vida.
  "Estou triste, a vida não me corre como eu queria". Esta é de longe a minha preferida, principalmente porque também a penso de tempos a tempos. E meus amigos, como me sinto estúpido depois... Pensemos. A vida corre bem a toda a população. De alguma forma impossível, todos temos os nossos sonhos concretizados. O que somos nós então? O que estamos aqui a fazer? Estas perguntas deixam de fazer sentido, pois temos tudo feito, todas as nossas aspirações foram concluídas. Deixou finalmente de haver o mistério e o desconhecido do mundo do próximo minuto. Onde estou agora é o que me define neste momento como pessoa, mas o que farei a seguir irá definir-me outra vez. E o que farei depois disso outra vez. E outra. E outra. E outra... Somos o que fazemos perante as dificuldades, perante os esforços. Somos o que cantamos, choramos e sofremos. Iremos sempre sofrer com alguma coisa, mas isso não significa que temos de subtrair importância à vida, significa que temos de aprender com ela.
  Torna tudo uma experiência única. Chora com toda a tua força, ri com toda a tua força, sofre como se tivesses a morrer para depois te aperceberes que não há razão no mundo para estares assim. Não é que não possas dar importância por as coisas te irem desaparecendo. Mas a vida é assim. Nada se perde, tudo se transforma. O mundo é um ciclo inteiro, nada chega a desaparecer da existência porque há sempre alguma coisa que persiste na Terra. Memórias, vestígios, tudo mostra que a felicidade existe e vale a pena ser vivida.
  O mundo é todo um conjunto de oportunidades e desafios. Como as aproveitas e como os ultrapassas, é o que fará com que este ano seja o melhor ano da tua vida até agora. E que o próximo seja melhor ainda.

(Peço desculpa por não escrever um texto sobre madeira, mas aceitarei esse café na mesma)