quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O nojo e a revolta

  Já reparam que não damos pelo tempo a passar enquanto nos divertimos? É uma boa sensação não é? Aos poucos e poucos avalio o estado deste país e sinto que o tempo está a passar muito devagar. Odeio.
  De cada dia que passa ouve-se nas notícias informações tratadas (mal) e controladas, a suposta informação que deve ser passada a Portugal, e cada vez mais noto que a população está a lixar-se. Um bando de ignorantes.Decidem fazer greves por haver despedimentos quando a razão pela qual mudaram de governo é porque o país já estava na merda. Mas ninguém se lembra disto. Ninguém se lembra que para haver emprego o dinheiro tem de vir de algum lado. Ninguém se lembra que para corrigir a merda que foi feita pelo representante elegido temos de fazer esforços. Hipócritas.
  Vêem todos dizer agora publicamente que não temos culpa do que ele fez, porque não votámos nele. Alguém teve de votar. E os votos tiveram de ser suficientemente numerosos para o senhor governante ir para o poder. Cada vez tenho mais nojo das pessoas e da sociedade. Parece que perderam a qualidade que os fazia humanos, o designado "senso-comum", e isso impede-os de ver uma maneira simples de funcionar. Têm a mente tão distorcida pelo dinheiro que apenas pensam em ganha-lo e não querem saber de o que é preciso fazer para haver sequer o dinheiro para pagar. Mentes ignorantes e distorcidas, que nem um paciente mental fechado num asilo. Vocês que pensam que é só ganhar o dinheiro e não se preocupam com mais nada, só com o vosso umbigo, a vocês eu digo: "METEM-ME NOJO!".
  Esqueceram-se por acaso que o chão que pisam faz parte de uma nação com milhares de anos de história. Uma nação que esteve na liderança dos descobrimentos, de onde vieram os mais famosos navegadores e personagens da História. Pensam apenas nesse instrumento nojento que torna o Homem perfeito numa criatura fantástica de nome ORC. O dinheiro, essa coisa tão amada que não querem largar por nada, torna-vos feios, inúteis, e sem o mínimo de auto-respeito. Não procuram a auto-realização por causa de um trocados e por isso deitam tudo abaixo, incluindo os alicerces da vossa própria família. Mas não se preocupem, eu não vos culpo a vocês sozinhos.
  A culpa é na realidade destes países todos a que chamam de Primeiro Mundo, que decidiram em continuar a adoptar as formas erradas do sistema feudal, que usava taxas monetárias para enriquecer, que tomava do povo a capacidade de trocar favores. É devido a estes países, que as nossas relações, mesmo em casa, se tornaram impessoais, uma relação fria de "dá-me o que tens e dou-te ouro", em vez de "dá-me isto e dar-te-ei algo em troca". É que para além de adoptarem um sistema que já deveria ter sido destronado à muito, ainda o utilizam mal, onde quem trabalha muito não recebe nada e quem não trabalha recebe imenso. Dizem que o mundo é dos espertos. O mundo é das cunhas.
  Não vale a pena estudar até à morte para chegar a uma entrevista de emprego, e dizerem que nos chamam depois apenas como uma desculpa para dizer que não nos querem para nada. É que ainda por cima não mandam embora quem não querem com uma desculpa pelo menos de "não é o que estávamos à procura!". Não, nem isso. Somos mandados embora com um "depois ligamos", uma antecipação de que algo de bom pode vir a acontecer neste nojo de mundo, a um nojo de pessoa que somos nós mesmos. Somos mandados para casa com esperança, sabendo que no fundo ela só nos vai mandar abaixo. Mas aceitamos isto como um bando de lobos tornados cães.
  Mas eu sou um lobo disfarçado de cão. Eu sei o que quero. E sei que nesta sociedade, está na altura de alguém começar a mostrar o que se deveria fazer. Revoltem-se contra o sistema monetário que vos estraga a mente, leiam as noticias, mas leiam-nas com olhos de perceber e não de ler. Mostrem-me e provem-me a mim e ao mundo que ainda existe vontade de mudar na alma lusitana. Quem sabe se uma revolução aqui não mudará todo o mundo. Está na altura de percebermos que temos de ajudar quem precisa. Está na altura de percebermos que vale a pena guardar e usar aquilo que não precisamos. As nossas necessidades são simples, tudo o resto são prazeres da vida, prazeres que devem ser aproveitados esporadicamente para não perderem a sua beleza e valor. Deixem de me meter nojo.
  Os políticos sei como tratar deles. Uma crítica aqui, outra ali, e vêm para a linha da frente todos ofendidos, pensando que têm as costas quentes... mas eu não tenho medo deles. Podem-me fechar a boca que eu escrevo, partam-me os dedos e eu agitarei multidões. E aí é mais fácil de vos destruir pois as pessoas seguem-me por pena. Eu sou inteligente e aos poucos percebo que a política não é o que era. Está na altura de não deixar-mos uma pessoa que rouba no governo e à frente do nosso país. Está na altura de fazermos nós próprios a avaliação do passado da pessoa que quer ir para a frente do país. E temos de mostrar que quem manda no mundo são as pessoas, e não o dinheiro e um grupo de políticos.


http://www.thezeitgeistmovement.com/
"Manifesto Comunista" de Karl Marx e Friedrich Engles
A minha porra de inteligência, por mim.