quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pensamento Solto

  Inicio este texto com um pensamento digno de alguém que procura um equilíbrio: "Porque é que queremos mais do que é preciso?".
  Numa sociedade em que os valores centrais de uma sociedade vão sendo substituídos pelo valor do dinheiro, dos materiais, constantemente prevejo um declínio de inteligência da população humana. O amor do próximo, a vontade de inovar e impulsionar o nosso povo para algo melhor é algo que deixou de ser um objectivo, e sim um meio, uma maneira de um indivíduo alimentar a sua fome de fama e de mais. Mais dinheiro, mais bens materiais, mais tudo. Este consumo excessivo pode, e irá certamente, levar á destruição do planeta.
  Porque o que as Pessoas deixaram de ver é que existe beleza no equilíbrio das emoções, no equilíbrio do que se procura e se precisa. Quem sabe, o equilíbrio como uma máxima poderá ser o que a sociedade precisa neste momento. Existe uma verdade dita pelas bocas que passam na rua: "Só depois de se perder tudo, é que se sabe o que é preciso e o que faz falta.". Isto tem uma enorme verdade dentro de si. Existe momentos em que gostava que realmente toda a humanidade perdesse tudo. Talvez aí ela percebesse aquilo que realmente lhe é necessário á vida, e o que é secundário.
  Todos os dias sou assaltado com a informação que de uma e outra construção se faz aqui e ali, e que o consumo de matérias primas atinge um novo máximo. Nós estamos a esquecer-nos que se estamos aqui, e se temos a possibilidade de fazer essas construções, é porque um certo planeta, a Terra, nos permitiu evoluir aqui. Não respeitamos o equilíbrio.
  A Natureza oferece-nos a nós, pessoas, tudo o que precisaríamos para viver. Comida, abrigo, materiais de construção. Mas constantemente desrespeitamos essa oferta ao tirar mais do que devíamos. E a Natureza arranja maneiras de nos alertar para esse problema, aviso esse que esquecemos quando ficamos com a fome de mais. Dizem que o fim do mundo será aí perto. Eu acredito. Não acredito que ele chegará no próximo ano, nem no outro, mas acredito que ele chegará. Haverá uma altura em que a Natureza tem de fazer uma limpeza geral do planeta. Inundações e secas, um aumento de temperatura que levará o planeta a quebrar por dentro.
  Porque não viver em conjunto com a Mãe que nos permitiu estar aqui? Porque temos de prolongar a nossa espécie? Existem criaturas que já existem desde os tempos em que os Repteis Reais governavam o chão que pisamos. Existe a possibilidade de controlar as nossas acções, para que aproveitemos ao máximo a oferta que nos é dada sem ultrapassar os limites?
  Penso que sim. Mas acredito que essa possibilidade tem de ser fomentada em todos nós. Quando nos deixar-mos de concentrar em nós próprios e pensar no bem da matilha, talvez aí percebamos o quão bom é ajudar e ser ajudado. Não precisamos de ser dependentes da matilha, simplesmente sabemos que para o que for preciso, ela estará pronta a ajudar. Aproveitem o amor que vos é oferecido. Amem de volta e serão duplamente amados. Pensem no lema: "Fazer aos outros o que gostaria que me fizessem a mim". Que esse lema vos fique no corpo, nas veias, no sangue que vos corre pelo corpo fora. E quando tiverem pensado nele tempo suficiente para não parar de pensar, esqueçam-no. Tomem a atitude porque acham que isso é o certo, porque querem. Aí chegaram á conclusão que não é preciso temer uma fúria divina, um fim do mundo, para agir "bem" e ir para o "paraíso". O Paraíso não precisa de estar á vossa espera quando morrem. O Paraíso pode ser vivido com vocês, se o quiserem trazer á "terra".

  Só temos um mundo, uma vida cada um. Conseguem pensar que as gerações futuras morreram por vossa culpa? E se os que vieram antes de vocês tivessem feito o mesmo?
  "Fazer aos outros o que um gostaria que lhe fosse feito"
  Um Planeta, Um Mundo. A escolha é vossa.