quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ah, porque não...

Elááá... Já lá vai o tempo em que escrevia aqui hein... fantástico, as coisas que me lembro...
Bom continuando.
Para aqueles que se interessam, são os que fazem falta se é que me entendem, acho que vos devo uma explicação de nunca mais ter posto nada aqui. Bastante simples até: Vejo o mundo diferente. À cerca de 5 meses atrás aconteceu algo. Algo que eu não escrevi pois ainda não saberia bem o que escrever. Como já devem ter reparado, este blog é basicamente desabafos e mandar toda a gente má para um certo sitio que todos sabemos, logo quando é para escrever sobre algo bom, como o que vou fazer agora, isto torna-se complicado. Não em termos de escrita, pura e simplesmente por não ser hábito.
Este texto é dedicado. Dedicado a uma pessoa. No final entenderão.
Nunca pensei. Nunca acreditei... O Futuro, a eternidade, tudo isso eram meras questões de gozo, achava que quem dizia isso, ou era ignorante, ou queria pura e simplesmente acreditar em algo que não existe. Ria-me na cara das pessoas que diziam isso, pois a meu ver essas pessoas não compreendiam a vida. Não sabiam que amanhã poderíamos já não estar vivos para contar a história. Que ignorante que eu era...
Vou-vos contar uma história. Havia uma pessoa. Um rapaz vá. Um rapaz que não chorava. Um rapaz que não se zangava. Havia um teatro. Esse rapaz era um actor. Gostava de representar e aparentemente era muito bom no que fazia. No teatro, esse rapaz aprendia a manipular emoções, a manipular a linguagem, corporal e verbal. Mas esse rapaz tinha um segredo. Uma maldição. Fora do Teatro, fora do palco... Ele encontrava outro teatro. Tinha muitos amigos, ou assim pensava ele, que nunca o viram triste. Ele ria, passava o tempo com um sorriso na cara. Ajudava os amigos, ouvia-os e tentava sempre dar conselhos. Fazia o seu máximo para que todos se sentissem bem à sua volta, e todos o viam com um sorriso. Mas como já disse, esse rapaz tinha uma maldição. Ele não era que devia ser. Ele não era o Rapaz. Ele era uma personagem, num teatro que iria supostamente durar toda a sua vida. Mas aconteceu algo. Houve um dia em que tudo mudou. Ele conheceu alguém. Curiosamente, e como acontece em todas as histórias, esse alguém era uma rapariga. Cabelos compridos, olhos lindos, um sorriso fantástico. O rapaz ficou espantado por a ver e tendo em conta que estavam numa aula de dança, ficou a observa-la a dançar. Como ela se mexia. Havia qualquer coisa naquela rapariga que deixou o rapaz sem saber o que fazer, sem se conter. O teatro sucumbia perante aquela nova personagem e o nosso actor/director, não sabia como salvar o teatro... Então aconteceu qualquer coisa. Sem saber muito bem como, o rapaz aproximou-se da rapariga, e criando a melhor cena de teatro disse: "Posso dançar contigo?".
O que levou o rapaz a dizer isso ninguém sabe, nem mesmo ele, mas disse. E meu deus, não poderia ter dito outra coisa. No preciso momento em que se agarrou a ela, no preciso momento em que as duas mãos se tocaram... o Teatro, a Peça, tudo aquilo pelo qual o actor lutou para construir... Ruiu. Destruiu-se. Mas... Em vez de tristeza e solidão, o rapaz abriu os olhos e viu. Viu algo novo. Viu o mundo. Nesse preciso momento, tudo estava diferente. O rapaz sorriu, com um sorriso mais puro e mais veradeiro que alguma vez tinha feito. O rapaz nesse momento... NASCEU.
Desde esse dia, o rapaz, comentendo alguns erros, o que é compreensível, tendo em conta que tinha nascido á pouco tempo e tudo para ele era novo, nunca parou de conversar com a rapariga. Com a pessoa que o tinha feito vir ao mundo. O tempo ia passando e o rapaz cada vez se interessava mais pela rapariga. Até a um dia. Um dia toda a história de vida do rapaz deu um salto. Utilizando como pretexto um amigo, ele a rapariga encontraram-se. No decorrer do que devia ser um treino, o rapaz olhou para a rapariga, para a pessoa que lhe deu vida, e viu-a sentada a ouvir musica. Aproximou-se. Ninguém sabe o que ele sentiu, mas aproximou-se. Aproximou-se tanto que o seu coração disparou. A sua cabeça corria a 1000 km/h. Pensou de tudo, incluindo se estaria a fazer a coisa certa. Após um mês de avanços e recuos decidiu. Tinha feito a coisa certa. Após tudo isto todas as vivencias, o rapaz e a rapariga passaram a estar juntos. Muitas coisas aconteceram, a maioria coisas boas... mas como em todas as histórias também houve momentos maus... Houve momentos em que o rapaz pensou mesmo que iria morrer, deitado no chão, sem ninguém á sua volta. Houve um momento que o rapaz pensou em realmente acabar com todo o sofrimento. Mas por entre desculpas e perdões, o rapaz tomou consciencia de que, apesar de tudo, a rapariga continuou ao seu lado, não a desejar a felicidade dela mesma, mas a desejar a felicidade dele. E isso levou-o a pensar: "Não, tudo o que tive até agora desde o dia em que ela me deu vida, não o irei perder por nada.". Falaram. Discutiram. Choraram juntos. E aqui chegamos ao ponto fulcral da história. O rapaz que não acreditava na eternidade, deixou todas as suas idealogias de lado e olhando a rapariga nos olhos disse: "Vou ficar contigo para sempre."
E agora voçês podem estar a perguntar-se: "E como acabou a história?"

A história ainda não acabou. E no ver do rapaz e da rapariga, esta é uma história que não terá ponto final.

Sónia Isabel Bayo Lopes Santos Pintassilgo, este texto é dedicado a ti. Porque me arrancas-te de uma peça de teatro. Porque me deste o sorriso mais verdadeiro. Porque me crias-te. Porque tu és a minha vida e tudo aquilo que eu quero para todo o sempre.

Existe um equilibrio na vida. E o meu é ao teu lado. Que a nossa história não tenha sequer virgulas, porque existem coisas que não se podem fazer sequer uma pausa.
Por entre simetrias perfeitas e almas gémeas, descobrimos uma mina de ouro: Amor puro.
Amo-te, 30.03 @

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Dia desconhecido, ano por descobrir, hora: noite
Aproveito o tempo disponivel por passear pela praia da minha vida... Saio pela porta e conforme ando revejo as minhas pegadas...escolhas feitas, caminhos mal escolhidos... mas estranhamente nao me arrependo... rejevo-as com um sorriso... pois essa escolhas mal feitas criaram a pessoa que hoje sou.
Vou andando e olhando, vendo as minhas pegadas de revivência enterrando-se na areia molhada. Tudo muda, nada permanece.
Ao longo da praia vou vendo pegadas dos que se cruzaram no meu caminho, umas que se atravessaram no meu caminho e continuaram seguindo o seu, outras que andaram á minha volta durante uns metros, e depois continuaram. Mas existem outras pegadas...
Existe um tipo de pegadas que se mantiveram a meu lado. Só agora que repasseio pela praia noto: Tenho um pequeno rasto que me segue.
Pegadas que pararam onde parei, que viraram para onde virei. Umas pegadas mais recentes outras mais antigas.
Finalmente começo a pensar: "e se não foram elas que vieram comigo, mas sim eu que fui com elas?" Quem sabe... Predomina na memória algo demasiado profundo, algo que nunca se poderá vir a descobrir.
Pela praia encontro rochas... vejo as minhas pegadas fundas em frente a elas, e vejo como contornam a rocha. As pegadas vizinhas também se encontram lá...
Vejo as minhas pegadas dirigirem-se para o mar e vejo outras mais á frente que mostram a vinda de volta á praia. As pegadas vizinhas estão lá.
Noto agora que não vejo só uma ou duas pegadas vizinhas, tenho um grupo de pegadas, um monte de formas de pés seguindo os meus.
Chego a um ponto da praia e descubro que as minhas pegadas pararam. Olho em volta. Todo um grupo de pegadas se encontra no mesmo ponto, lado a lado.

Não afirmo ter um grupo de melhores amigos, nao tenho preferencias. Tudo o que existe é amigos que perduram a sua companhia à mais tempo, outros mais recentes.
Todos os meus amigos me afectam. Este texto é dedicado a todos os meus amigos, familiares e a todas as pessoas que me afectam nas minhas atitudes e comportamentos.
A vossa presença é importante. Agradeço-vos.

"Com o risco de parecer ridículo, deixe-me dizer que o verdadeiro revolucionário é guiado por um grande sentimento de amor. Amor pela familia, pelos amigos. Amor pela pátria e principalmente pela justiça. É impossivel pensar num revolucionário genuíno sem esta qualidade" - Ernesto "Che" Guevara de la Serna (1928-1967)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Emocões e Esquecimento

Vai ser a primeira vez que irei colocar algo deste estilo num blog. Estou um bocado receoso do que dirão... mas pronto, se tiver de ser, terá de ser.

Isto é algo que me surgiu num momento "Pessoniano" e "Camoniano".
Não possuo uma linguagem cuidada, não abordo o tema de forma muito espectacular, e as rimas são simples quase infantis. Esquema rimático muito regular, métrica pouco rica também... mas vamos começar:

Emoção. Apenas uma palavra tem tantos significados.
Amor, Amizade, Raiva e Ódio.
Sentimentos que temos e fingimos ter,
Muitas vezes instrumentos para chegar ao pódio.

Crescemos e mudamos,
O corpo e a mente mudam connosco.
Mas porque transformamos o que sentimos
em algo totalmente oposto?

Não tenho um curso de línguas,
Perdoe-me a falta de arte.
Mas este assunto interessa-me,
é algo do qual faço parte.

Não possuo filosofias
E sou fraco de conhecimento.
Sou novo e inexperiente,
Como um recente acontecimento.

E ainda assim,
Algo me intriga.
O porquê de não dar-mos importância,
e seguirmos com a nossa vida.

Porque um não tem memória,
Chamamos a esse um doente.
Pois doente é a Humanidade
Que a tudo se torna indiferente.

Esquecemos-nos de quem gostamos,
Não lhe damos devida importância.
E as relações passam a ser
De uma deficiente concomitância.

O ódio começa a crescer.
O outro já não interessa.
Se nos vêm pedir ajuda
Dizemos sempre que estamos com pressa.

Criamos uma armadura,
Fechamos o mundo em nosso redor.
Dizemos-nos independentes
E desconhecemos o amor.

E é assim que cada um
Vai seguindo com o seu caminho.
Encontramos-nos solitários,
Por baixo do azevinho.

Agora se tens alguém
Por que tomas garantido,
pára de te afastar,
volta a ser seu amigo.

Temos sempre um grupo
Que nos é muito precioso.
Luta bastante por ele,
Deixa-te de ser receoso.

Cada um faz a interpretação que quer...